quarta-feira, 28 de julho de 2010

Encruzilhada



Ele: Oi?
Ela: Oi. Por um momento achei que você tivesse ido para todo sempre.
Ele: Essa vontade existiu em mim por algum tempo. Mas não tive coragem, fui covarde.
Ela: Covarde?
Ele: É. O numero do teu telefone não sai da cabeça. Em qualquer lugar que eu fosse, você estaria presente, não adiantaria  fugir...
Ela: Por que isso é tão ruim, se eu sempre quis permanecer ao teu lado?!
Ele: Você não me entende.
Ela: Entendo sim. Por te entender tanto, te deixei partir.
Ele: Eu não queria.
Ela: Não queria o quê?
Ele: Que você me deixasse ir.
Ela: Eu te magoei e não tive outra escolha!
Ele: Você me magoou mais, quando abriu mão da gente!
Ela: Quando foi embora eu desejei tanto, tanto... Ainda que inconscientemente, que precisasse, que se arrependesse, que ficasse, que se encantasse, que tivesse um lapso e concluísse que era eu a pessoa certa pra colocar um fim nessas suas buscas, na sua ânsia, na sua descrença, também na minha descrença, nas nossas esperas. Algo assim...
Ele: Eu gosto de você. Muito!
Ela: E por que então você se foi?
Ele: Eu nunca fui.
Ela: É, mas você resolveu reaparecer tarde.
Ele: Eu sei. reapareci na hora errada e no lugar errado. Vou ser sincero: eu não gosto dele, e não gostarei de nenhum outro.
Ela: Entendo. Mas ele se esforça para tornar minha vida colorida.
Ele: Ele lhe faz feliz como eu gosto que você esteja. Eu precisei perder você,
para perceber que a vida é se arriscar, até mesmo nas quedas. Eu resolvi nunca mais resistir, me resistir.
Ela: Eu não acredito no fim.
Ele: E nem deve. Nada é pra sempre, nem mesmo o fim, acredite no infinito.
Ela: Talvez tenha sido melhor assim...
Ele: Não! É claro que não. Teria sido melhor se você tivesse oportunidade de me descascar. Eu nunca admiti, mas você conseguiu invadir minha alma com um só olhar. Por isso que eu nunca te olhei fixamente, minha pequena. Me perdoe.
Ela: Eu nunca perdoarei as circunstâncias, isso sim! É melhor mantermos uma distância segura. Não sei como reagirei da próxima vez que te ver! Não sei se vou me controlar ou se quero me controlar...
Ele: Você tem razão. Nessa história só tem lugar para dois corações feridos. Não podemos envolver mais nenhum...
Ela: Só você é capaz de me entender perfeitamente...
Ele: Claro, querida. Você é o meu reflexo. Adeus, mas agora preciso ir de verdade! Mas antes de tudo eu quero aprenda, que o que é verdadeiro amor nunca volta, porque ele permanece.
Ela: Ei,espera, pra onde você vai? ei... ei...ei...........


" Ele deu espaço para que ela arrumasse alguém para a vida inteira, como ele não quis."

O destino tem essa mania, nos prega peças que nem sempre são divertidas. Algumas pessoas deveriam permanecer sempre em nossa vida. Mas não. As circunstâncias tratam logo de transformá-la em vírgulas. Vírgulas doces e coloridas.
Com você foi assim mon amour.
A grandeza da sua ajuda, passa despercebida por você. Mas por mim não!

2 comentários:

  1. Se 'Jéssica' vendesse em livrarias como best sellers, queria levar p'ra casa. Pessoa linda!

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  2. Realmente o destino nos prega peças sempre, são coisas da vida ne!

    bjos

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